quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

CARNAVAL E OS DEMÔNIOS DO ESTADO ISLÂMICO






 Cesar Techio
Economista – Advogado

  
          Alguns dizem que no carnaval viramos crianças, brincamos, festejamos e curtimos a alegria em um ritmo que nos confraterniza e nos aproxima uns dos outros. O Brasil é assim mesmo, feito de um povo que tem sentimento, coração e gosta de viver. Fazemos nosso dever de casa durante o ano, com a seriedade de quem quer prosperar, crescer, evoluir. Mas basta tocar uma boa musica que um largo sorriso aparece e saímos dançando. No sul, os gaúchos sisudos se alegram facilmente com um “bugio”, “chamamé”, “chimarrita”, “fandango”, “milonga”, “vanerão”, entre outras musicas nativistas que falam de um mundo valoroso, cheio de amor pela terra, pela família, pela pátria e por lindas morenas de olhos verdes. Espalhando-se pelo território nacional, outros estilos musicais fazem dos brasileiros o povo mais afortunado do mundo: sertaneja, musica popular brasileira, samba, pagode, forró, rock, eletrônica, gospel, axé, funk, contry, músicas italianas, polonesas, alemãs, africanas, latino-americanas, entre outras.


            O que norteia o brasileiro é espírito de amor, de tolerância e de acolhida enfeitada por danças e festas como o carnaval, bumba meu boi, maracatu, cavalhada, capoeira, Iemanjá, festa da uva (italiana), oktoberfest (alemã), entre centenas de outras festas culturais. Este modo de viver nasceu dos costumes de povos de várias partes do mundo que migraram para o Brasil e que apreenderam a conviver de forma pacífica e fraterna, independente de religião ou raça. Assim, a misturança e o respeito são leis naturais no coração do nosso povo e este jeito é regra de ouro que permitiu com que todos criassem seus filhos e vivessem em paz. Aliás, sempre foi assim, desde o descobrimento, com sistemas sociais que foram se humanizando com o tempo e que atingiram um grau de civilidade e de democracia que é modelo para todos os demais povos. Aqui, índios, negros, mulatos, imigrantes italianos, japoneses, judeus, alemães, poloneses, árabes, muçulmanos, entre outros, se abraçam e convivem dentro da mais absoluta normalidade.

            Nossa constituição e práticas dão espaço para todas as religiões. Aqui tem direito de ser felizes, budistas, cristãos, adventistas, católicos, umbandistas, maometanos, testemunhas de Jeová, espíritas, protestantes, hinduístas, islamistas, entre outras tantas denominações religiosas. Por isso, parece surreal, uma grotesca mentira, as notícias diárias sobre o Estado Islâmico (EI). Enquanto festejamos o carnaval, na Líbia o El sequestrou e decapitou 21 cristãos coptas egípcios. Filmaram tudo e botaram na internet. Na semana retrasada mostraram outro vídeo ateando fogo num piloto da Jordânia, enjaulado, que morreu gritando pelo pai e pela mãe. Os cristãos foram mortos barbaramente, somente por serem cristãos. Não tenho dúvidas que as portas do inferno se abriram. Estes terroristas enlouqueceram completamente. Perderam a noção de humanidade. Agora, entre outras atrocidades, deram para enterrar, queimar e crucificar crianças vivas, demonstrando com isso que na realidade são monstros terríveis, demônios sem alma, cujo cérebro é feito de merda e cuja mentalidade funciona diferente do resto da raça humana. Sem piedade, o coração deles não bate, não sabe amar, perdoar, confraternizar e muito menos pular carnaval.  



Pensamento da semana: “Vamos avançar no ecumenismo, que é testemunhado no ecumenismo do sangue. Os mártires pertencem a todos os cristãos” Papa Francisco.